Relação Mente-Corpo e o Chikung

 



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  Relação Mente-Corpo e o Chikung


  O Chikung é uma das formas mais completas para trabalharmos a relação entre a nossa mente e o nosso corpo. A integração das várias partes do corpo torna-nos mais unos, completos, mais sintonizados com o mundo.

  É interessante perguntarmos porque razão é que, de repente, todos se passaram a interessar por esta relação?

  Uma das respostas passa pela tomada de consciência da fase complexa que todos nós estamos a atravessar, com vários desafios, onde cada um tenta ultrapassá-la da melhor forma, usando o conhecimento e as ferramentas que possui.

  A pandemia do COVID-19 teve e tem aqui um papel essencial. Se, por um lado, veio mudar os hábitos, por outro lado contribuiu para o aumento da consciência em alguns sectores da nossa sociedade. Por exemplo, quando a pandemia abrandou, a corrida aos ginásios disparou como se, de repente, tomássemos mais consciência do corpo, quiséssemos melhorar a nossa condição física e ter mais saúde. A nossa relação com o mundo também está a mudar, ao assistirmos às catástrofes que a mudança climática causa, à preocupação crescente com a pegada ambiental, com a consciência mais presente de que temos de usar menos combustíveis fósseis. Nestes tempos de mudança, nomeadamente durante a pandemia, aumentaram as idas aos psicólogos e aos psiquiatras.

  O consumo de antidepressivos em Portugal continuou a subir desde 2019, segundo dados do INFARMED, o organismo do Ministério da Saúde que controla os medicamentos. Estima-se que, só em 2021, foram vendidas cerca de 30 mil embalagens diárias de sedativos, ansiolíticos e hipnóticos. Parece que precisamos de algo externo para nos aguentarmos, aguentar a vida que levamos, e aguentar o que foge ao nosso controlo. Parece que esta “onda” nos apanhou desprevenidos.


  Mas porquê?

  Estamos a passar por desafios complexos. Além do COVID, surgiu nos nossos écrans a guerra na Ucrânia, com imagens que não adivinharíamos possíveis nos dias de hoje e as suas consequências. E ainda os desafios pessoais. Tudo isto requer resiliência, flexibilidade e uma conexão à terra e à fonte. As gerações mais novas cresceram sem ouvirem um não dos seus educadores.

  O facilitismo veio dar origem à frustração e à raiva. Este foi e está a ser um período duro, mas necessário, para os mais novos. Os adultos, na maioria das vezes, não se sentem realizados ou satisfeitos nos trabalhos, mas mantêm-nos para sobreviver ou fazer face aos seus compromissos financeiros. Nos empregos exigem cada vez mais do trabalhador, causando mais stress, frustração e descontentamento. As gerações mais maduras sofrem com o desajuste do corpo e da mente face à longevidade da vida. São pessoas mais saudáveis do que as gerações anteriores e vivem mais tempo. Mas são desaproveitadas pela sociedade, que as deixa muitas vezes sozinhas com a sua sabedoria.

  Os mais velhos são os que mais sofrem de solidão, abandono e falta de perspetivas. A sensibilidade geral das pessoas e o interesse pelo desenvolvimento pessoal e espiritual é cada vez maior porque há mais informação disponível e, mesmo que não se seja um erudito na matéria, sentimos uma certa paz interna quando fazemos Yoga, Chikung, Mindfulness, Meditação, etc. Muitas vezes estes recursos vão servir de âncora para se ultrapassarem fases mais complicadas da vida, além da sua prática juntar as pessoas em comunidade.



  A Relação interior/exterior é cada vez mais trabalhada e a ciência avança no sentido de descobrir e perceber fenómenos do corpo e da mente, que anteriormente não tinham explicação. Parece ser do senso comum que, para avançarmos para um nível superior de consciência/espiritualidade, precisamos da integração do corpo e da mente.

  Para sabermos quem somos, aprendermos a viver connosco, e prolongarmos a nossa existência sem químicos, precisamos da integração mente/corpo. O trabalho feito a nível físico vai ter repercussões na mente e vice-versa. Tal como a mente, o corpo guarda as memórias e, quando não há integração, corpo ou mente dão sinal em forma de dor física, ansiedade, depressão, etc.

  Na maioria das vezes escolhe-se a medicação química, em vez de se optar por um equilíbrio mente/corpo. A alternativa ao ciclo dos químicos passa pela tomada de consciência, uma alimentação saudável, idas ao ginásio e a prática de Chikung, Tai-Chi, Meditação Yoga, etc.



  O futuro vai passar por terapias físicas e energéticas para suporte e tratamento. Ao longo de 1500 anos de existência o Chikung tem sobrevivido a todas as mudanças. Ele transforma as pessoas e aproxima-as da sua essência, aproximando-as da fonte.

  O Chikung está na linha da frente das terapias energéticas, por combinar a vertente física, mental e espiritual. Pode ser usado como adjuvante à Psicoterapia, à Medicina Ocidental ou pode ser usado por si só como forma de terapia. O Chikung trabalha e treina mente e corpo no sentido de nos dar mais robustez, fornecendo-nos ferramentas para ultrapassarmos os obstáculos da vida. Os resultados do Chikung são cada vez mais reconhecidos pelas classes médica e científica. Foram reunidas inúmeras provas que comprovam a sua eficácia, tornando o Chikung uma das terapias mais eficazes de mente/corpo.

  O Chikung veio para ficar. É um excelente aliado para todas as fases da vida. Da infância à 3ª idade. Ensina a mente a ser resiliente e o corpo a ser forte. Por isso, se nunca experimentou, experimente uma aula de Chikung e veja se é para si. Se gostar, entre para esta grande família que é a dos praticantes, instrutores, e professores de Chikung.

  Pratique Chikung e contribua para que o Mundo seja um lugar melhor para todos!


*Artigo escrito por Paula Madeira, paginado e publicado por Mónica Martinho.


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